
Liga eu, liga nois, onde preciso for
megaupload
A documentary film by Coleman and B+, filmed in Sao Paulo, Brasil.
In September 2002 Coleman and B+ went to Sao Paulo for nine days. They had a week to link with (hip hop) Brasil, enlist three drummers and find enough breaks to make a break record to guarantee commitment from our oversubscribed DJs back home.
01 - Intro
02 - Genesis
03 - Phantom Part 1
04 - Phantom Part 1.5
05 - D.A.N.C.E.
06 - D.A.N.C.E. Part 2
07 - DVNO
08 - Waters of Nazareth (Prelude)
09 - One Minute to Midnight
10 - Tthhee Ppaarrttyy
11 - Let There Be Light
12 - Stress
13 - We Are Your Friends (Reprise)
14 - Waters of Nazareth
15 - Phantom Part 2
16 - Encore
17 - NY Excuse
18 - Finale
É bem verdade que o protagonista se entope de maconha, cocaína, álcool, éter, mescalina, ácido e qualquer outra substância que dê "barato’’. Mas Terry Gilliam vai além. Propõe um ensaio sobre a liberdade, que cada um aproveita como quer ou como pode, preocupando-se acima de tudo em refletir um estado de espírito.
Baseado em obra do jornalista Hunter S. Thompson, o filme recusa-se a avaliar os prós e contras do uso das drogas. Limita-se a enfocar os seus efeitos – desde a atraente sensação de incoerência até as conseqüências de uma "bad trip’’. O estilo visual acompanha o tom alucinógeno, enchendo a tela com imagens atordoantes como um suposto ataque de morcegos e uma seqüência em que os motivos de decoração do carpete começam a subir pelas pernas do protagonista.
O filme só faz sentido quando o espectador lembra que a ação se passa em 1971, quando as drogas deixavam de ter a conotação de paz, amor e a inocência dos anos 60. O alter ego de Thompson, Raoul Duke (Johnny Depp), tenta justamente resgatar os velhos e bons tempos. O título pode ser interpretado como a sua "última viagem’’. Sempre na companhia de seu advogado tresloucado, dr. Gonzo (Benicio Del Toro).
As aventuras da dupla têm início na estrada, a caminho de Las Vegas, onde eles deveriam cobrir um evento esportivo. Na bagagem, uma máquina de escrever, roupas com estampas floridas ou espalhafatosas e muita, muita droga.
Como os personagens dificilmente estão em condições de concatenar suas idéias, Gilliam adota o recurso da narração – na voz do próprio protagonista. Isso enriquece o filme, na medida em que Duke, o narrador, é capaz de se distanciar de Duke, o personagem. Às vezes, ele parece um locutor de futebol que tenta explicar como anda o jogo. E o distanciamento ainda lhe permite perceber o ridículo das situações em que se mete.
A dupla vê o que bem entende (com a ajuda da câmera distorcida), destrói quartos de hotel e apronta com todos, mesmo sem querer. Uma seqüência inspirada se dá em frente a parque de diversões, quando Duke diz a si mesmo que vai conseguir entrar. Enquanto o personagem caminha cambaleante em direção da catraca, amassando dois dólares na mão, o narrador descreve a sensação. A frustração de estar tão perto e, ao mesmo tempo, tão longe é impagável.